Estreia do “CineAula IC Play”, projeto que une cinema e educação. Confira exercícios baseados no curta-metragem “Almofada de penas”
Publicado em 14/04/2025
Atualizado às 15:51 de 24/04/2025
CineAula IC Play – 1ª edição
Luz, câmera, educAção: o streaming gratuito do cinema brasileiro na sala de aula
por Heloísa Iaconis e Tatiane Ivo
Sequência didática #1: O terror em Horacio Quiroga
Ficha técnica
Filme Almofada de penas (Santa Catarina, 2018)
Direção e roteiro Joseph Specker Nys
Produção executiva José Manuel Sappino e Maria Emília de Azevedo
Assistência de direção Matias Eastman
Direção de animação Pedro Peluso
Direção de fotografia Marcos Vinicius d’Elboux
Direção musical Júlio Miotto
Efeitos sonoros (Foley) Daniel Becker
Arte conceitual Icaro Yuji
Criação dos bonecos (Puppet maker) Ana Barroso e Marcos Telles
Figurino Andressa W. Klawa
Direção de pós-produção e efeitos visuais Moacir Barros – Siso
Realização 2 Plátanos Filmes
Coprodução Muringa e Plural Filmes
Produtores associados Cuenco Cine (Uruguai) e Flow Images
Classificação indicativa 12 anos
Gêneros terror e animação
Sinopse Alicia e Jordão são recém-casados e veem suas expectativas sobre o que seria a vida a dois entrarem em conflito com sua rotina, que não corresponde ao que planejaram. A jovem começa a sofrer de uma doença inexplicável, em que delírios e pesadelos se confundem com a realidade. Três meses depois da lua de mel, ela entra em depressão, consequência da relação com um marido frio, indiferente e taciturno.
I. TRAILER PARA QUEM EDUCA
Caro professor e cara professora,
Pensemos nestas situações: Lúcia dá aula de língua portuguesa na Escola Estadual Carolina Maria de Jesus; Jéssica está se preparando para o vestibular; secundaristas colocam-se contrários ao fechamento de colégios. Mais do que circunstâncias, essas são cenas, respectivamente, da série Segunda chamada (2019-2021), do longa Que horas ela volta? (2015) e do documentário Escolas em luta (2017). Todas elas unem contextos de aprendizagem ao audiovisual criado no nosso país. As câmeras colaboram para discussões e imaginários acerca da educação no Brasil – em diferentes fases, com diferentes sujeitos. Mas por que começar esta conversa assim, recuperando takes? A razão nada tem de complicada: o que queremos mesmo é falar dessa combinação entre os fazeres cinematográfico e educacional, essência do novo projeto do Itaú Cultural (IC).
Com a intenção de aproximar o cinema da Educação Básica, estimulando o letramento audiovisual e a valorização das produções nacionais, apresentamos o CineAula IC Play. A cada mês, vocês podem conferir, aqui no site do IC, sequências didáticas baseadas em conteúdos disponíveis na IC Play, a nossa plataforma de streaming gratuita. Esta iniciativa busca oferecer ferramentas para a aplicação da Lei nº 13.006/2014 – a qual obriga a exibição de filmes brasileiros nas escolas básicas –, entendendo, ainda, que a fruição estética e crítica corresponde a um direito e um componente fundamental do processo formativo e cidadão.
Os exercícios propostos, vale salientar, estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com o seu complemento, que aborda a área da computação. E, em alguns casos, as tarefas podem suscitar debates sobre inteligência artificial (IA) em aula (tudo em conformidade com a Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis em sala, exceto quando utilizados para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, sob orientação de educadores).
As atividades aparecem divididas em tópicos, cujas denominações remetem a termos do audiovisual, incorporando essas expressões ao nosso vocabulário. Esta parte, por exemplo, é como um trailer; depois, há o plano-sequência e os bastidores, vejam só. Fora isso, saibam que todas as produções selecionadas para o CineAula IC Play estão licenciadas para exibição em ambientes escolares. Logo, fiquem à vontade para assistir às indicações com os alunos.
Como estreia do projeto, esta primeira sequência didática traz o curta-metragem Almofada de penas, inspirado no conto homônimo do escritor uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937), publicado no livro Contos de amor de loucura e de morte, de 1917. Em espanhol, encontramos o texto com o título de “El almohadón de plumas”. Dirigido por Joseph Specker Nys, o filme contou com o apoio do Rumos Itaú Cultural e foi exibido em festivais como o Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy, na França, e o Anima Mundi – Festival Internacional de Animação do Brasil. Além de sugestões de atividades em torno de temáticas e linguagens, a seguir vocês conferem curiosidades, falas do diretor, fotos e vídeos que abrem possibilidades para o trabalho com a história de Alicia e Jordão.
Destacamos, por fim, que, embora este material tenha sido elaborado pensando em turmas do Ensino Médio, ele pode ser adaptado para outras etapas da educação, desde que respeitada a classificação indicativa do filme. Nesse sentido, as adequações devem considerar as necessidades e os momentos de cada grupo, observando o seu ritmo e construindo um percurso que sempre respeite a todos.
Boa leitura! E boa sessão!
“Acho que a América Latina tem muitos pontos fortes em comum e a gente deve sempre valorizar a nossa cultura.” – Joseph Specker Nys
II. PLANO-SEQUÊNCIA
a) Luz – Desenterrando conhecimentos
Objetivos
Com esta atividade, os estudantes terão a oportunidade de exercitar a oralidade e o pensamento crítico por meio da análise do gênero terror, explorando suas manifestações no cinema e na literatura. A proposta também favorece o desenvolvimento da interpretação textual e fílmica, estimulando a reflexão sobre as sensações, as simbologias e os significados que o medo pode despertar.
Habilidades da BNCC
(EM13LP04) Estabelecer relações de interdiscursividade e intertextualidade para explicitar, sustentar e conferir consistência a posicionamentos e para construir e corroborar explicações e relatos, fazendo uso de citações e paráfrases devidamente marcadas.
(EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/problemas/questões que despertam maior interesse ou preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e interesses comuns, como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.
Mãos à obra
Para criar um ambiente mais imersivo, se possível, coloque uma trilha sonora macabra enquanto conduz uma roda de conversa com os estudantes. A fim de que a turma se familiarize com o gênero terror, inicie o exercício com as reflexões a seguir.
- Você tem medo de quê?
- O que você sente ou como o seu corpo se comporta quando você está amedrontado?
- Qual é o seu gênero de livro preferido? E de filme?
- Você gosta de livros e filmes de terror? Por quê?
- Entre os filmes e/ou livros de horror que você já viu ou leu, de qual (ou quais) você mais gostou? Por quê? O que chamou sua atenção na(s) história(s)?
- Você já se aventurou pelas obras dos escritores estadunidenses Edgar Allan Poe e Stephen King, ou do francês Guy de Maupassant, por exemplo? Explique que eles são reconhecidos mestres do horror, explorando em suas obras um dos sentimentos mais comuns ao ser humano: o medo. Machado de Assis, o nosso Bruxo do Cosme Velho, também traz elementos misteriosos em algumas de suas narrativas.
Conte aos estudantes que eles assistirão ao curta-metragem Almofada de penas, uma adaptação de um conto homônimo (também traduzido como “O travesseiro de penas”) do escritor uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937), considerado um dos maiores contistas da América Latina, destacando-se por suas histórias fantásticas e bizarras.
“O stop motion sempre me encantou, porque é uma relação em que você dá vida ao inanimado. [...] A gente fotografa, movimenta e fotografa de novo e, consequentemente, com 12 ou 24 fotos, a gente tem um filme de animação.” – Joseph Specker Nys
Antes da exibição da obra, leia o parágrafo inicial do conto para os estudantes e incentive-os a refletir sobre o enredo. Importante frisar que o excerto abaixo é uma tradução livre.
Sua lua de mel foi um longo calafrio. Loira, angelical e tímida, o temperamento austero de seu marido paralisou-lhe as sonhadas fantasias de noiva. Ela o queria muito. Todavia, às vezes, quando voltavam à noite juntos pela rua, lançava, com um ligeiro estremecimento, um olhar furtivo à alta estatura de Jordão, calado há uma hora. Este, de sua feita, a amava profundamente, mas sem demonstrá-lo.
Após a leitura, faça perguntas como:
- Na sua opinião, o início do texto dá a entender que se trata de uma narrativa de terror? Justifique.
- Pelo título do curta e pelo início do conto, como você acha que essa história vai terminar?
Em seguida, exiba o filme para a turma.
b) Câmera – Fazendo o papel de testemunha ocular
Objetivos
A proposta busca estimular a escuta sensível, a leitura estética e a oralidade argumentativa, aproximando os estudantes da literatura e do cinema como formas de expressão artística que dialoguem entre si. Ao comparar as duas linguagens, os alunos serão convidados a refletir sobre elementos como ambientação, trilha sonora, vocabulário, cores e caracterização de personagens, compreendendo como esses recursos constroem atmosferas de tensão e estranhamento.
Habilidades da BNCC
(EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade.
(EM13LP46) Compartilhar sentidos construídos na leitura/escuta de textos literários, percebendo diferenças e eventuais tensões entre as formas pessoais e as coletivas de apreensão desses textos, para exercitar o diálogo cultural e aguçar a perspectiva crítica.
Mãos à obra
Após a exibição de Almofada de penas, pergunte aos estudantes se eles gostaram do filme e por quê. Questione também se o curta atendeu às expectativas que criaram, tendo em vista o título e o começo do conto, lido na atividade anterior, e que sentimentos o filme lhes despertou. Em seguida, peça que anotem e compartilhem as impressões que tiveram no que diz respeito: à trilha sonora; à ambientação; à caracterização dos personagens (figurinos e expressões); às cores.
Observação: Se necessário, projete o curta mais uma vez.
Pergunte aos alunos, ainda, como esses elementos colaboram para a criação de um clima fúnebre. Caso identifique aspectos importantes que não tenham sido abordados, participe da conversa, compartilhando o seu olhar.
Para que realizem a atividade, peça a eles que reproduzam no caderno o quadro abaixo e o completem.
Nesta etapa, são importantes, por exemplo, comentários sobre os sons dissonantes e os ruídos que causam tensão ou sugerem algum tipo de ameaça; sobre o espaço silencioso e escuro da casa onde moram Alicia e Jordão; e sobre as poucas falas e o comportamento contido e enigmático do esposo; além dos tons azulados e acinzentados.
Depois, leia com os alunos o conto de Quiroga, propondo que, de forma coletiva, façam uma comparação entre o filme e o texto escrito. Faça à turma as perguntas a seguir e peça aos grupos que compartilhem suas respostas.
- O que o filme manteve, modificou ou suprimiu em relação ao conto?
- Como o terror é construído em cada linguagem? Incentive-os a destacar palavras ou expressões do conto que marcam esse aspecto.
- Na opinião de vocês, o final do curta provoca o mesmo efeito do final do conto? Por quê?
No conto, é importante se atentar, por exemplo, para as escolhas lexicais. Já o curta, por sua vez, transpõe aspectos relacionados à hostilidade da casa, ao temperamento sisudo de Jordão e à melancolia de Alicia para uma linguagem também não verbal, com destaque para as expressões do casal, os sons, as soluções metafóricas e os movimentos de câmera.
“Jordão, o marido, é um aristocrata que faz Alicia passar por momentos de infelicidade, gerando o que considero uma depressão profunda. [...] Na minha concepção, era um casamento opressor que estava levando a esposa à morte.” – Joseph Specker Nys
Apesar de o foco desta sequência didática ser trabalhar o terror, o filme provoca discussões que vão além de seu gênero. Questione a turma quais temáticas podem ser debatidas com base no curta. Exemplos: violência psicológica e relacionamento abusivo – o controle do marido, o silêncio e a solidão da esposa, o isolamento; morte simbólica e apagamento das subjetividades (a mulher como uma figura espectral); luto e aspectos referentes à saúde mental. Mais: como a arte – seja pela literatura ou pelo cinema – nos ajuda a refletir sobre essas questões?
c) Ação – Refazendo o horror
Objetivos
Analisar criticamente um texto gerado por inteligência artificial (IA), identificando seus desvios em relação às características do gênero sinopse e ao conteúdo do curta-metragem Almofada de penas. Em seguida, escrever uma sinopse, atentando-se para os elementos característicos desse gênero textual, com base nos conhecimentos adquiridos ao longo desta sequência didática sobre o conto de Horacio Quiroga e sua adaptação cinematográfica.
Habilidades da BNCC
(EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em processos de produção coletiva, colaborativa e projetos autorais em ambientes digitais.
(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
(EM13LP17) Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados (vlog, videoclipe, videominuto, documentário etc.), apresentações teatrais, narrativas multimídia e transmídia, podcasts, playlists comentadas etc., para ampliar as possibilidades de produção de sentidos e engajar-se em práticas autorais e coletivas.
Habilidades da BNCC Computação
(EM13CO14) Avaliar a confiabilidade das informações encontradas em meio digital, investigando seus modos de construção e considerando a autoria, a estrutura e o propósito da mensagem.
(EM13CO22) Produzir e publicar conteúdo como textos, imagens, áudios, vídeos e suas associações, bem como ferramentas para sua integração, organização e apresentação, utilizando diferentes mídias digitais.
Mãos à obra
Para propor esta tarefa, pedimos a uma ferramenta de IA que escrevesse uma sinopse do curta-metragem Almofada de penas. O comando (prompt) dado e a resposta gerada pela inteligência artificial aparecem abaixo:
Pergunte e peça aos alunos:
- Levando em consideração tudo o que você já sabe sobre o curta, o conto e as características do gênero sinopse, quais problemas você identifica no texto elaborado pela IA?
- Elabore uma sinopse de acordo com os conhecimentos adquiridos ao longo dos exercícios realizados nesta sequência didática.
Para que os estudantes façam o segundo tópico da atividade, converse com eles sobre o que é uma sinopse (gênero textual informativo que apresenta, de maneira breve e objetiva, o conteúdo principal de uma obra) e sobre os principais pontos que devem ser levados em conta quando analisarem o material construído pela IA (o nome dos personagens, o tamanho do texto, os adjetivos escolhidos etc.).
III. CORTA! QUE TAL UM POUQUINHO DOS BASTIDORES?
- O uruguaio Joseph Specker Nys é graduado em design gráfico pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e, desde 2012, atua como diretor, produtor, diretor de arte, cenógrafo e bonequeiro em animações em stop-motion.
- A produção Humpty Dumpty Circus, de 1898, criada por J. Stuart Blackton e Albert E. Smith, marcou o início da técnica de animação em stop-motion. Realizado com as bonecas de suas filhas, o filme infelizmente se perdeu em um incêndio, não sendo possível vê-lo. No entanto, sua importância histórica reside em ter aberto caminho para o desenvolvimento dessa técnica.
- Horacio Quiroga veio ao Brasil em 1922, ano em que aconteceu a Semana de Arte Moderna. O escritor estabelecia diálogos literários, por meio de trocas de cartas, com o autor, editor e tradutor brasileiro Monteiro Lobato (1882-1948).
>>Veja também: verbete sobre cinema de animação na Enciclopédia Itaú Cultural
Confira uma seleção de imagens e um vídeo do making-of de Almofada de penas.
IV. SOBEM OS CRÉDITOS
HORACIO QUIROGA e seus contos de amor, de loucura e de morte. [S. l.: s. n.], 2018. Publicado pelo canal Academia
Brasileira de Letras. Disponível em: youtube.com/watch?v=0uXd8zJCY0Q. Acesso em: 9 abr. 2025.
ALMOFADA de penas. Direção: Joseph Specker Nys. Santa Catarina: 2 Plátanos Filmes, 2018.
BEZERRA-ALVES, Wilson. Horacio Quiroga no Brasil: os “efeitos da língua”. Caracol, São Paulo, n. 14, p. 370-387, jul./dez.
2017. Disponível em: revistas.usp.br/caracol/article/view/128889/136921. Acesso em: 1 abr. 2025.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2018. Disponível em: gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal.pdf. Acesso em: 3 abr. 2025.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Computação – Complemento à BNCC. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2022. Disponível em: portal.mec.gov.br/docman/fevereiro-2022-pdf/236791-anexo-ao-parecer-cneceb-n-2-2022-bncc-computacao/file. Acesso em: 7 abr. 2025.
MARTINS NETO, Irando Alves. A almofada de penas: um conto, duas histórias. Revista Eletrônica Intr@ciência. Disponível
em: uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170531143459.pdf. Acesso em: 3 abr. 2025.
NAPOLITANO, Marco. Como usar o cinema na sala de aula. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2015.
QUIROGA, Horacio. Cuentos de amor de locura y de muerte. Disponível em:
dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=3785. Acesso em: 7 abr. 2025.
QUIROGA, Horacio. A galinha degolada e outros contos. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2002.
MINIBIOGRAFIA DAS ELABORADORAS
Heloísa Iaconis (ela/dela), jornalista, professora, pesquisadora na área de literatura e gente da escrita e do aprender. Formada em jornalismo e em letras pela Universidade de São Paulo (USP), atua no campo das artes e da educação. Dá aulas de língua portuguesa no Ensino Médio e em cursinhos populares. No âmbito acadêmico, dedica-se aos estudos sobre literatura brasileira, em especial, à obra de Clarice Lispector. Integra a equipe do Itaú Cultural (IC) desde 2018, trabalhando como autora e editora de textos nos mais diversos projetos da organização. Com Camila Fink e Tatiane Ivo, é criadora do CineAula IC Play.
Tatiane Ivo (ela/dela), graduada e mestra em letras pela Universidade de São Paulo (USP), com a dissertação “Escritores e intelectuais no contexto literário: o engajamento de Marcelino Freire”. É editora, preparadora e revisora de textos, além de leitora crítica – com experiência em diferentes gêneros textuais – e professora de língua portuguesa e suas literaturas. Autora do Material Digital do Professor de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para a Editora Rocco, aprovado no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD Literário 2021). No Itaú Cultural (IC), atua como revisora desde 2024, supervisionando e realizando a revisão de todos os projetos da organização. Com Camila Fink e Heloísa Iaconis, é criadora do CineAula IC Play.